domingo, 19 de junho de 2011

Depoimento de Sobreviventes da Bomba Atômica

 
Takashi Morita é um hibakusha – nome pelo qual são conhecidos os sobreviventes das explosões atômicas em Hiroshima e Nagasaki.
Ele conta o horror que passou durante a explosão da bomba atômica.
Álbum de Morita
Aos 21 anos, Takashi Morita presenciou o início da era atômica. Hoje, com 87, é dono de uma mercearia no bairro do Jabaquara, em São Paulo, e preside a Associação dos Hibakushas no Brasil.
Para o comerciante
Takashi Morita, as imagens do Japão arrasado pelo terremoto, pelo tsunami e agora sob o temor do risco nuclear são um “pesadelo”. Aos 87 anos, ele é uma pessoa lúcida e bem humorado e mora em São Paulo desde 1956. Ele conta como sobreviveu, em 6 de agosto de 1945, à bomba nuclear jogada sobre a cidade japonesa de Hiroshima durante a Segunda Guerra Mundial. A bomba explodiu a cerca de 1,3 km de onde Morita estava. Na época, ele era soldado da polícia japonesa e tinha 21 anos
A bomba explodiu bem no centro de Hiroshima, a 580 metros de altura, numa bola de fogo que atingiu cerca de 230 metros de raio. Calcula-se que no hipocentro – o ponto em terra exatamente abaixo da explosão –, a temperatura atingiu de 3.000 a 4.000 graus centígrados. É mais do que o dobro da temperatura necessária para fundir o ferro, em torno de 1.500 graus. Os dados são do livro The legacy of Hiroshima, do físico japonês Naomi Shohno, citado numa reportagem que Roberto Pompeu de Toledo publicou em 1995 – cinqüentenário da explosão – na revista Veja. “Foi como sofrer um esbarrão do sol”, definiu Pompeu de Toledo. Um esbarrão que tirou a vida de dezenas de milhares de seres humanos.
“Lembro-me como se fosse hoje. Eu estava caminhando nas ruas da cidade quando a bomba caiu. Primeiro foi um clarão, depois uma escuridão. Então começou uma chuva preta, e as pessoas que estavam queimadas abriam a boca para tomar aquela água contaminada. Eu via pessoas queimadas, dilaceradas, andando com as tripas arrastando pelo chão, a pele pendurada, pedindo água e implorando por socorro.” diz Morita, relembrando o inferno que viveu.
Morita foi diagnosticado com leucemia duas vezes enquanto ainda morava no Japão, onde fez tratamentos. Desde que se mudou para o Brasil, apesar de problemas de coração e diabetes, nunca
 
Fui recrutado para a aeronáutica com 15 anos e desde então, fui treinado para ser um kamikaze. Não tinha medo de morrer. Por quê? Era jovem demais e desde pequeno me ensinaram que o Japão era o país divino, que morrer por ele era uma grande honra. Que garoto não gostaria de ser um herói?”, conta Manabu Ashihara. Como não tinha idade suficiente para pilotar um avião, ele aprendeu a lidar com a parte mecânica. Aos 16 anos, em um treinamento sobrevoando o mar, ocorreu um acidente e o avião caiu. Por sorte, conseguiu escapar com vida, mas o oficial que estava pilotando morreu.
“Depois do acidente, fui transferido para a Marinha. Mesmo assim a minha sentença de morte me acompanhou. Fui designado para ser um tripulante do “maruyontei”, uma espécie de barco motorizado pequeno, com 250kg de explosivos. O objetivo era o mesmo de um kamikaze. Minha missão era fazer com que o barquinho se chocasse com o navio inimigo”, conta.
 
Nenhum “maruyontei” jamais afundou um navio americano. Mas o governo japonês divulgava ao povo que estas missões eram um sucesso. Faz sentido, já que nenhuma mãe permitiria que o filho participasse de uma missão suicida sabendo que esta seria em vão. Mesmo assim ninguém era capaz de se rebelar, pois existia muita opressão. O governo insistia em alimentar a esperança de que ainda poderíamos virar a guerra. A ilusão só foi quebrada quando a bomba explodiu. A tarefa final de Ashihara seria ir à base militar de Okinawa e embarcar num “maruyontei” dia 21 de agosto de 1945. Nesse dia, ele morreria pela pátria.
Por ironia do destino, duas semanas antes da missão, ele recebeu folga e voltou para Nagasaki a fim de reencontrar a família e os amigos. “Foi justamente na minha estadia na cidade que a bomba caiu. Todos os soldados foram designados para ajudar os feridos. Foi uma visão terrível. Não dá para explicar em palavras. Vozes pedindo socorro no meio dos escombros, pais desesperados à procura de filhos desaparecidos e órfãos desamparados. Não havia muita coisa a fazer, a não ser retirar os corpos queimados. Infelizmente são lembranças que nenhum documento pode provar.”
Manabu Ashihara, 76 anos, de Nagasaki

Matsushige Yoshito

Matsushige Yoshito foi o único fotógrafo a registrar o cenário de Hiroshima após a Bomba Atômica.
       Ele estava se preparando para ir para o trabalho quando ouviu um barulho e logo em seguida dois flashes que cegaram ele por algum tempo e quando ele se recuperou, sentiu milhares de alfinetes lhe espetando, mas eram estilhaços de vidro. Ele pegou sua câmera e foi para as ruas e viu todo o caos que aquela bomba proporcionou à Hiroshima e depois viu várias pessoas segurando sua pele e queimadas e vários cadáveres, ele disse que a princípio não conseguiu bater fotos nem nenhum dos fotógrafos que estavam lá.
 
A fortaleza voadora B-29 da Força Aérea dos Estados Unidos batizada de Enola Gay pelo seu comandante Coronel Paul Tibbets Jr em homenagem a sua mãe voou 2.735 Km desde a pequena Ilha Tinian do Arquipélago das Marianas até Hiroxima
 
Nos últimos dias de abril de 1945, o Grupo 509º foi transferido para a ilha de Tinian pequena e inóspita, no Arquipélago das Marianas, no meio do Pacífico. Ali no dia 5 de agosto de 1945, um dos B-29, o já batizado Enola Gay, foi escolhido para lançar a primeira bomba atômica sobre o território do Japão. Quando no dia seguinte, 06 de agosto de 1945 o Enola Gay recebeu a ordem para decolar levava a bordo a seguinte tripulaçã
Piloto: Coronel Tibbets - comandante da missão-
Co-piloto: Capitão Lewis
Poucos minutos antes de o Enola Gay decolar, alçou vôo de Tinian, sob o comando do Coronel Claude Eatherly o STRAIGHT FLUSH avião de observação metereológica, que teria a missão de informar o Enola Gay em que ponto do Japão deveria ser lançado a bomba-A . Às 6h20 minutos já tinha três opções para o lançamento da bomba: as cidades de Nokura, Nagasaqui e Hiroxima.

Às 7h27 de 06 de agosto de 1945 são verificados pela última vez, todos os circuitos do enola Gay. Doze minutos depois o Coronel Paul Tibbets avista Hiroxima. A manhã é clara, de agosto,com raríssimas nuvens no céu.Às 8h 15 minutos, o Major Tom Ferebec, enquadra no visor de sua mira uma ponte sobre o rio Ota, que corta Hiroxima.Ao aproximar de Hiroxima o B-29 voava a mais de 9 mil metros, mas, para jogar a bomba, teve que descer até 4.550 metros. Após o lançamento como fora instruído o Coronel Tibbets afastou-se imediatamente do alvo lá embaixo, dando um salto quase vertical e a tripulação sentiu que os tímpanos pareciam rebentar pelas sucessivas ondas vindas do cogumelo que se seguira à explosão e que por várias vezes sacudiram perigosamente o B-29 de 30 metros de comprimento e que quase vazia pesava 60 toneladas. E, finalmente às 8h65 minutos, a bomba a que levava o nome de Litle Boy é lançada da superfortaleza voadora B-29. quarenta e três segundo depois Hiroxima já é um mar de chamas. Em quanto às chamas começaram a se apagar cedendo lugar a uma espessa e corrosiva chuva negra, os sobreviventes da cidade além de chorar os seus cerca de cem mil mortos, verificam, cheios de espanto e terror, que Hiroxima havia simplesmente desaparecido.
A bordo do Enola Gay, ao olhar o aterrorizante cogumelo de fogo e cinza que se erguia a centenas de metros, o Capitão Robert Lewis, co-piloto do Coronel Tibbets murmurou: "Meu Deus, que fizemos".
Três semanas antes de o Presidente Truman autorizar o uso da bomba atômica contra o Japão, os cientistas do Projeto Manhattan percebeu o verdadeiro inferno de sua criatura, ao fazerem uma análise das conseqüências do primeiro teste da bomba de plutônio no deserto de Alamogordo no estado do Novo México.

Sentimentos do Vídeo da Invasão Alemã à Ucrânia

 
•  Sentimos muita tristeza e emoção,pois o garoto com a pipa , aparece deitado com uma pessoa rezando ao seu lado e coberto com um pano e isso mostra a situação das pessoas da Ucrânia que perderam entes queridos após a invasão alemã.

Interpretação da Obra Guérnica de Picasso

Picasso pintou essa obra (sua obra prima) após a destruição da cidade de Guernica, na Espanha, por um bombardeio nazista em 23 de abril de 1937. Picasso, que era espanhol, ficou extremamente chocado com o evento, que serviu de inspiração para sua obra.

A obra tem tamanho colossal (3,5 m de altura por mais de 7 m de largura), e representa a dor do momento do bombardeio. Podemos ver diversas figuras animais e humanas contorcidas em dor e agonia. Além de pessoas de bocas abertas, existe uma mãe que segura uma criança morta, e um cavalo, que com a língua em forma de faca, representa a brutalidade da guerra. Outra figura que é uma metáfora para a estupidez de tudo que acontece na
bárbarie
é um boi disforme, que ocupa uma porção grande da obra.

Outro ponto interessante é uma figura de braços abertos, representado do lado direito da tela. Essa figura mimetiza a pose de uma figura famosa do quadro "Três de Maio de 1808", do também espanhol Goya, pintado em 1814. Isso seria uma forma de Picasso prestar uma homenagem a Goya, e também trazer a referência, uma vez que esse quadro também seria sobre os horrores da violência humana.

Uma curiosidade: quando o quadro foi exposto, diz-se que um general alemão, muito impressionado com a força da obra, perguntou a Picasso: "Foi você que fez isso?". Picasso respondeu, referindo-se ao bombardeio: "Não. Foi você."

Reconstituição Japanesa Após a Bomba Atômica

            Ao final da II Guerra Mundial, o Japão estava devastado. Todas as grandes cidades (exceto Kyoto), as indústrias e as linhas de transporte foram severamente danificadas.
   As sobras da máquina de guerra japonesa foram destruídas. Cerca de 500 oficiais militares cometeram suicídio logo após a rendição incondicional, e centenas de outros foram executados por cometerem crimes de guerra.
O Japão deixou de ser no imediato pós-guerra um país industrial e voltou a ter uma economia essencialmente agrária e artesanal e o próprio governo americano dava mostras de que lhe era interessante um Japão fraco constituindo para os Estados Unidos como um tipo de "reserva de mercado" Aliado a isso, as dívidas impostas pelos Estados Unidos a título de indenizações de guerra trouxeram como resultado um quadro de profunda desestabilidade econômica.
O país perdeu todos os territórios conquistados desde 1894. As ilhas Ryukyu, incluindo Okinawa, foram controladas pelos Estados Unidos, enquanto que as ilhas Kurile, ao norte, foram ocupadas pela União Soviética. A escassez de suprimentos continuou ainda por vários anos. Afinal, a população havia crescido mais que 2,4 vezes em relação ao começo do período Meiji, contando com 85 milhões de pessoas.
Entre 1945 e 1951 os Estados Unidos reorientaram a dinâmica interna da sociedade japonesa.




sábado, 18 de junho de 2011

Curiosidades da Segunda Guerra

OS PAÍSES QUE FORMARAM O EIXO
Itália, Alemanha, Finlândia, Hungria, Bulgária e Romênia.

OS PAÍSES QUE FORMARAM OS ALIADOS
Estados Unidos, Inglaterra, China e União Soviética.


PAÍSES QUE ENTRARAM EM GUERRA: 72

MOBILIZADOS: 110 milhões (aproximadamente)

MORTOS: 50 milhões (aproximadamente)

MUTILADOS: 28 milhões (aproximadamente)

BOMBARDEIOS AÉREOS: 74.172 sobre a Inglaterra e 1.352.000 sobre o III Reich

BAIXAS GERAIS: 28.630.000 (aproximadamente)

GASTOS MILITARES: 1 trilhão e 385 bilhões de dólares (aproximadamente)

A SOLUÇÃO FINAL: Nos campos de concentração poloneses foram mortos 2.350.000, na Alemanha, mais 160.000, na Tchecoslováquia foram 233.000, na Áustria 58.000, na Hungria 180.000 e na Romênia 200.000 (entre 1941-1944).

Difusão do símbolo:

A imagem da cruz suástica foi primeiro utilizada no Período Neolítico, na Eurásia. Foi também adotada por nativos americanos, em diversas:

Suástica virada à direita - uma decorativa forma Hindu culturas, sem qualquer interferência umas com as outras. A Cruz Suástica também é utilizada em diversas cerimônias civis e religiosas da Índia: muitos templos indianos, casamentos, festivais e celebrações são decorados com suásticas. O símbolo foi introduzido no Sudeste Asiático por reis hindus, e remanescentes desse período subsistem de forma integral no Hinduísmo balinês até os dias atuais, além de ser um símbolo bastante comum na Indonésia.

O símbolo tem uma história bastante antiga na Europa, aparecendo em artefatos de culturas européias pré-cristãs. No começo do século XX era largamente utilizado em muitas partes do mundo, considerado como amuleto de sorte e sucesso. Entre os nórdicos, a suástica está associada a uma Runa, Gibur, ou Gebo.

Desde que foi adotado como logomarca do Partido Nazista de Adolf Hitler a suástica passou a ser associada ao fascismo, ao racismo, à supremacia branca, à II Guerra Mundial e ao holocausto na maior parte do Ocidente. Antes ela havia reaparecido num reconhecido trabalho arqueológico de Heinrich Schliemann, quando descobriu esta imagem no antigo sítio em que localizara a cidade de Tróia, sendo então associada com as migrações ancestrais dos povos "proto-indo-europeus" dos Arianos. Ele fez uma conexão entre estes achados e antigos vasos germânicos, e teorizou que a suástica era um "significativo símbolo religioso de nossos remotos ancestrais", unindo os antigos germânicos às culturas gregas e védicas.

Os nazistas utilizaram-se destas idéias, desde os primórdios dos movimentos chamados "völkisch", adotando a suástica como símbolo a "identidade ariana" - conceito este referendado por teóricos como Alfred Rosenberg, associando-a às raças nórdicas - grupos originários do norte europeu. A suástica sobrevive como símbolo dos grupos neonazistas ou como forma de alguns grupos de ativistas ofenderem seus adversários. Mas também sobrevive como símbolo de sociedades esotéricas, como é o caso da sociedade Teosófica.